sexta-feira, 30 de novembro de 2007

FATOS DA ADLA

· 1- POSSE DA NOVA DIRETORIA:
No dia 31 de maio do corrente ano, em assembléia festiva na Câmara Municipal de Duque de Caxias, tomou posse a nova Diretoria da ADLA para o biênio 2007/2009. Alguns momentos:
a) Diretoria empossada
b) Homenagens aos acadêmicos
c) Homenagem a senhora Vitalma Azeredo, esposa do presidente eleito Eudoxio de Azeredo
d) O ex-presidente Carlos de Sá Bezerra faz a entrega da chave da Academia ao presidente empossado Eudoxio de Azeredo

· DIA DO TROVADOR
O Dia do Trovador foi comemorado com um Chá Acadêmico em homenagem ao Poeta Francisco Buscácio, trovador de 89 anos e membro da nossa Acdademia
a) Fotos de Acadêmicos declamando trovas
b) Homenagem ao poeta Salvador Rocha por seu filho Salvador Rocha Filho

· ADLA VAI ÀS ESCOLAS:
Com o objetivo de incentivar a participação dos alunos das escolas a participarem do Concurso de Poesias e Trovas, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, membros da ADLA vão às escolas divulgar o projeto.

· A Academia Duquecaxiense de Letras e Artes também se fez representar na cerimônia comemorativa do Dia do Soldado, realizada no Museu de Duque e Caxias, localizado no bairro da Taquara em nosso município, quando se pôde viver junto a estudantes das Redes de Ensino um belíssimo momento cívico, permeado por instantes de pura arte, quando das apresentações musicais da Banda Lira de Ouro e do Coral da Seresta da Unigranrio, que entoaram o Hino “Exaltação a Duque de Caxias” (autoria de Francisco Barboza Leite) e do violinista Allyrio Mello, que em seu encantado violino tocou o Hino Nacional Brasileiro.

· Falando ainda dos festejos comemorativos da Semana do Dia do Soldado, a Academia Duquecaxiense de Letras e Artes se fez representar na solenidade de entrega de Título de Cidadãos Duquecaxienses, acontecido no Teatro Raul Cortez, no último dia 22 de agosto.

· Aconteceu no último dia 30 de agosto, no Instituto Histórico da Câmara de Vereadores de Duque de Caxias, a abertura da primeira exposição individual da acadêmica e artista plástica Mylady (Maria da Glória Eleutério), intitulada ‘Enigmas da Arte”. As obras estarão expostas até o final do mês de setembro, podendo ser adquiridas pelos interessados.

· Numa tarde lítero-musical o acadêmico Manoel Tomaz comemorou 81 anos de vida, ocasião em que, acadêmicos da ADLA declamaram poesias de sua autoria. Na oportunidade foi lançado o livro “Carências Missionárias” de autoria do acadêmico Manoel Tomaz.

· Em mais uma atividade desenvolvida, a Academia Duquecaxiense de Letras e Artes esteve presente na festa promovida pela colunista social e acadêmica Dina Guerra em prol de entidades que prestam assistência a crianças e idosos de Duque de Caxias. O Churrasco aconteceu na sede do CINETRAN e contou com o apoio da muitas Entidades que trabalham com as questões sociais em nosso município, dentre as quais destacamos: Rotary Clube de Duque de Caxias, Jardim Primavera e Lote XV , Lions Clube de Duque de Caxias, Lar de Narcisa, Lar dos Velhos, Lar Jesus e Amor, Mansão da Esperança, Maçonaria, Secretaria Municipal de Cultura além de integrantes da comunidade local.

· ADLA NA BIENAL DO LIVRO:
Com o objetivo de divulgar os trabalhos da ADLA, o escritor e acadêmico Alfredo Paschoal liderou um grupo de 15 acadêmicos para visitar a Bienal do Livro, realizada no Riocentro. Na ocasião, foram presenteados livros de escritores da nossa academia aos visitantes da bienal.
 

AGENDA CULTURAL

01 - O concurso de poesia e trova, uma realização em parceria, da Secretaria de Cultura do Município com a Academia Duquecaxiense de Letras e Artes, terá sua festa de encerramento no dia 09 de outubro às 18:00h, no Teatro Raul Cortez. – Entrada Franca.

02 – Nos dias 14, 15 e 16 de Setembro, estará acontecendo em nossa cidade, o XLII-ENCONTRO DE ENTIDADES NEGRAS DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Abertura solene dia 14 de Setembro às 19:00h. na Câmara Municipal. Entrada aberta ao público em geral.

03 – Com o Professor, Doutor Felipe Ferreira, O programa Quinta Dimensão, da Rádio KAXINAWA, (UERJ) estará apresentando, no Auditório aberto Darcy Ribeiro, uma palestra sob o tema “ A história do Carnaval Carioca e a criação Visual para as Escolas de Samba. - entrada aberta ao público. (17:00h.)

04 – No dia 27/09, o General Mário Mateus proferirá uma palestra na UERJ – Vila São Luiz, sob o tema Amazônia E Região Norte: Desafios e Potencialidades.(17:00h.)

05 – Dia 11/10 (UERJ) a Palestrante será a professora Rosely Sicieri que estará desenvolvendo o tema : AS CARACTERISTICAS DA DESNUTRIÇÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. (17:00h.)

Sambarolando


Tal qual ESTÁCIO DE SÁ, ancorei no PORTO DA PEDRA. UNIDO A TIO -JUCA, atravessamos um GRANDE RIO que ladeado por belos SALGUEIROS desfilava suas águas por entre uma PORTELA desaguando num IMPÉRIO, donde uma garboza IMPERATRIZ no auge da sua MOCIDADE feliz da VILA, brincava VIRANDO O OURO de seu colar, enquanto seus olhos contemplavam um colibri, BEIJANDO A FLOR de uma linda MANGUEIRA.

João Carlos da Grande Rio

APRENDENDO UM POUCO MAIS.

Eudoxio de Azeredo                                                              

TROVA E TROVADORES

Segundo o meu amigo Buscácio, trova é o poema mais difícil de se compor. Comecemos por conceituar alguns princípios poéticos, o que nos facilitará o entendimento. O que é um poema? Entende-se por poema, a concretização da expressão em verso. E o que é um verso? Verso é cada uma das linhas de um poema. Como estamos querendo, falar de trovas, vamos nos ater à sua forma, sua métrica, rima e cadência.
Uma trova perfeita, possui quatro versos de sete sílabas. Observe-se que na contagem das sílabas deve-se desprezar a última sílaba átona. Se a última sílaba for tônica deverá ser contada normalmente. Exemplo:
Sentindo do amor o aroma,
O cravo disse pra rosa:
Dá-me um beijo bonitona,
Deixa de ser orgulhosa.

Observe que a rima, que é a identidade parcial ou total de sons, a partir da última vogal tônica, se apresenta, no poema acima, quanto à sua disposição, intercalada.
Oma, rima com ona – primeiro e 3º. Versos. E osa rima com osa nos segundo e quarto versos.
Outra característica de suma importância na trova é a mensagem. Uma trova possui principio, meio e fim. Com apenas quatro linhas ou versos, ela nos transmite uma idéia completa.

Quanto ao conteúdo da mensagem que transmite a trova pode ser lírica, filosófica, satírica, e cômica.
A nossa confreira Vilma Teixeira nos presenteou com estas trovas:

Indústria é seiva bruta
Que enriquece uma nação.
Inseticida que mata...
Fome, miséria, dá o pão.

A noite tem seus encantos
Quando se despe o luar.
Ternura de dois amantes,
Na intimidade do lar.

Palavras não dão sentido
No que te quero dizer,
Beijo é poema que digo
Sem ser preciso escrever.

Francisco Buscácio, é outro grande trovador, que brinca com as palavras, fazendo surgir da sua pena lindas trovas:

Sou Vida, sou Esperança...
Eu sou Pureza, Inocência...
Sou a razão da existência...
Senhores, sou a Criança...

Destino igual, com certeza,
Deus deu à Mulher e a Flor...
Nas duas, mora a beleza...
Nas duas, vive o Amor...

Nunca fale sem pensar...
Não discute, sem razão...
Quem fala só por falar...
Só terá decepção...

Agora, mostre que você aprendeu. Pegue a caneta e escreva uma, duas, três... quantas trovas a sua veia poética permitir. Depois, mande-as para mim. (eudoxio4@ig.com.br) pois sou um apreciador incansável desse tipo de poema.

Um Pouco de História

Mosaicos da ADLA

Duque de Caxias em 1967, era conhecida por todo o país por seus problemas e conflitos políticos. Um grupo de intelectuais, lutava para mudar a cidade e editavam um jornal literário que prestigiava os poetas de vários estados brasileiros, chamado Arcádia de Letras e Artes em homenagem a Arcádia de Letras e Artes de Nova Iguaçu que passava por momentos difíceis. O fundador José Soares de Souza, poeta e advogado, o editor Alberto Machado, Prêmio Esso de Jornalismo, e José Amanho de Aguiar, poeta e escritor, numa ensolarada tarde de sábado, no escritório de Soares , Av. Duque de Caxias, 207/110, idealizaram fundar uma Academia de Letras. Juntos foram a procura de Eunicles Aragão na redação do jornal O Municipal, que aprovou a idéia, e foram convidar Jorge Armênio, médico humanitário, que dava atendimento gratuito as crianças da Escola Mate com Angu, colaborando com a obra de Armanda Alvaro Alberto. Convidaram também Salvador Rocha, poeta e advogado, todos amigos com endereço na Av. Duque de Caxias, com o objetivo de valorizar e agregar os intelectuais do município. Na primeira reunião, ficou Aragão encarregado de convidar artistas e poetas através do seu jornal. No dia 25 de agosto de 1967 sob os auspícios do Lions Club e com apoio do prefeito Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, realizou-se a fundação oficial da Arcádia Duquecaxiense de Letras e Artes durante a Noite de Cultura, Artes e Debates no Clube dos Quinhentos, com o discurso do Dr. Ely Guimarães e Dr. Ricardo Augusto de Azeredo Vianna, médico e proprietário da Casa de Saúde São José, aconteceu a inesquecível noite com a presença dos mais importantes intelectuais e políticos de nosso município. A Arcádia promoveu vários eventos culturais, entre eles o 1º Festival de Arte e Cultura, com a apresentação da peça teatral “Quem dá aos pobres, empresta a Deus”, de autoria de Alberto Machado, mas, o grupo não estava satisfeito com o nome de Arcádia, que estava sendo confundido com o da Arcádia de Nova Iguaçu, e em reuniões abertas aos artistas e poetas, foi proposto a troca de nome, causando polêmica, na qual Barboza Leite declarou-se contrário retirando-se da reunião, o que ficou registrado na poesia Maria Dolores de Salvador Rocha, no livro Antologia da Vida, páginas 84, 85 que lembramos algumas estrofes:

Eu quero fixar na História
Em versos sem fantasia
O parto difícil e famoso
Da célebre Academia.

E assim acertaram-se os ponteiros,
ante tantos médicos parteiros,
sob a batuta do Mestre Agripino
Inteligente, cultissimo, ferino!...

E, enquanto a gestante paria
O Barboza com o leite, sumia!...
E quando... Maria Dolores já ria...
Batizaram-se, solenemente com o nome de Academia...

E no dia 29 de outubro de 1967, num domingo, em 2ª convocação foi escolhido o nome de Academia Duquecaxiense de Letras e Artes.

UMA CRÔNICA OPORTUNA



EXALTAÇÃO A ADLA

Crônica de Manoel Tomaz

Trinta e nove anos: Jubilada e Jubilando os esplendores da cultura Duquecaxiense. A ADLA se põe no pedestal e verte especiarias culturais a acolher significantes vultos destacados nas letras e nas artes.
Sublimada se destaca no gênero! Amparada, é guardiã! Tem –se mantido respeitável e respeitosa; razão pela qual faz merecedora das atenções e préstimos das autoridades constituídas neste Município desde a fundação até a presente data. Não precisamos citar nomes, porque todos foram generosos funcional e existencial desta importante Academia.
Neste Lançamento, a nova diretoria da ADLA, comprova sua eficiência administrativa. Este importante marco será seguido de outros para consolidar uma administração comprometida com o produzir o que digno for que eleve e justifique o progresso e a modernidade, sem anuir ao modernismo que se destaca em absolutismo e desrespeito a ética, a lisura e à regras pré-estabelecidas nas sanções expressas, legais.
Vontade não nos falta! Idéias brilhantes também não! Se a conjuntura obstar-nos, se fechar–nos as portas, saltaremos pelas janelas, desfrutaremos o glorioso oxigênio que nos outorga gratuitamente, o senhor nosso Deus. Inerrantes, queremos ser! E por isso mesmo seremos galardoados.
Neste vigésimo mandato diretivo da ADLA, pretendemos manter-nos expectantes e fazer vibrar o esplendor da cultura duquecaxiense sem retroagir no dever que nos cabe exercer.
Que a inércia desapareça! Tangentes, fecundos, sejamos producentes!E, ávidos divulguemos a cultura, mesmo que tenhamos que atravessar vastos “VAUS” em diferentes tâmites! No poema que segue demonstro o meu sonho em relação a ADLA.


QUAL LÂMPADA A BRILHAR

Qual lâmpada a brilhar
A ADLA em esplendor
Manteve-se sem cessar
Da cultura foi louvor.
Em seus trinta e nove anos!
Hoje inda é mais valente
Atua em melhores planos
Da cultura é vertente.
Tanto quanto no passado,
Mantém-se, forte, vigorosa.
Fecunda, em seu respaldo
É ícone, virtuosa.
É luz suave, brisa!
É o frescor da manhã.
Seu ideal cristaliza
Seu penhor, cultura sã.
Seu redil, é aconchego,
Ideal , mui desejado.
Onde a luta é sossego,
Onde o bem tem seu reinado.
ADLA, suspiro alentador!
Âmbito do prazer.
Certidão de bom frescor
Rentável, faz nascer.
À Cultura, e merecido louvor!
Assim foi, assim será!
A ADLA, em esplendor!
Qual lâmpada a brilhar.