Mosaicos da ADLA
Duque de Caxias em 1967, era conhecida por todo o país por seus problemas e conflitos políticos. Um grupo de intelectuais, lutava para mudar a cidade e editavam um jornal literário que prestigiava os poetas de vários estados brasileiros, chamado Arcádia de Letras e Artes em homenagem a Arcádia de Letras e Artes de Nova Iguaçu que passava por momentos difíceis. O fundador José Soares de Souza, poeta e advogado, o editor Alberto Machado, Prêmio Esso de Jornalismo, e José Amanho de Aguiar, poeta e escritor, numa ensolarada tarde de sábado, no escritório de Soares , Av. Duque de Caxias, 207/110, idealizaram fundar uma Academia de Letras. Juntos foram a procura de Eunicles Aragão na redação do jornal O Municipal, que aprovou a idéia, e foram convidar Jorge Armênio, médico humanitário, que dava atendimento gratuito as crianças da Escola Mate com Angu, colaborando com a obra de Armanda Alvaro Alberto. Convidaram também Salvador Rocha, poeta e advogado, todos amigos com endereço na Av. Duque de Caxias, com o objetivo de valorizar e agregar os intelectuais do município. Na primeira reunião, ficou Aragão encarregado de convidar artistas e poetas através do seu jornal. No dia 25 de agosto de 1967 sob os auspícios do Lions Club e com apoio do prefeito Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, realizou-se a fundação oficial da Arcádia Duquecaxiense de Letras e Artes durante a Noite de Cultura, Artes e Debates no Clube dos Quinhentos, com o discurso do Dr. Ely Guimarães e Dr. Ricardo Augusto de Azeredo Vianna, médico e proprietário da Casa de Saúde São José, aconteceu a inesquecível noite com a presença dos mais importantes intelectuais e políticos de nosso município. A Arcádia promoveu vários eventos culturais, entre eles o 1º Festival de Arte e Cultura, com a apresentação da peça teatral “Quem dá aos pobres, empresta a Deus”, de autoria de Alberto Machado, mas, o grupo não estava satisfeito com o nome de Arcádia, que estava sendo confundido com o da Arcádia de Nova Iguaçu, e em reuniões abertas aos artistas e poetas, foi proposto a troca de nome, causando polêmica, na qual Barboza Leite declarou-se contrário retirando-se da reunião, o que ficou registrado na poesia Maria Dolores de Salvador Rocha, no livro Antologia da Vida, páginas 84, 85 que lembramos algumas estrofes:
Eu quero fixar na História
Em versos sem fantasia
O parto difícil e famoso
Da célebre Academia.
E assim acertaram-se os ponteiros,
ante tantos médicos parteiros,
sob a batuta do Mestre Agripino
Inteligente, cultissimo, ferino!...
E, enquanto a gestante paria
O Barboza com o leite, sumia!...
E quando... Maria Dolores já ria...
Batizaram-se, solenemente com o nome de Academia...
Em versos sem fantasia
O parto difícil e famoso
Da célebre Academia.
E assim acertaram-se os ponteiros,
ante tantos médicos parteiros,
sob a batuta do Mestre Agripino
Inteligente, cultissimo, ferino!...
E, enquanto a gestante paria
O Barboza com o leite, sumia!...
E quando... Maria Dolores já ria...
Batizaram-se, solenemente com o nome de Academia...
E no dia 29 de outubro de 1967, num domingo, em 2ª convocação foi escolhido o nome de Academia Duquecaxiense de Letras e Artes.
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